Ronaldinho, Liedson, Juninho e outros repatriados terão de se adaptar a uma competição transformada desde 2003, início dos pontos corridos
Eles saíram, rodaram o mundo, e encontraram a casa reformada. A edição de 2011 da principal competição do país tem como atrativo o retorno de nomes de impacto, como Ronaldinho Gaúcho, Luís Fabiano, Liedson, Juninho Pernambucano. Isso sem falar em outros cotados para voltar, como o zagueiro Juan, do Roma, e o meia Diego, do Wolfsburg. Todos terão de se adaptar a algumas peculiaridades do 'novo' Brasileirão. Nos pontos corridos daqui, clubes de tradição são rebaixados, favoritismos não se confirmam, a surpresa dá as caras rodada sim, rodada também. Basta dizer que há seis campeões diferentes em oito anos do novo formato.
Ronaldinho Gaúcho, por exemplo, acostumou-se a estar na parte de cima da tabela na Espanha e na Itália. Depois de ser campeão espanhol duas vezes pelo Barcelona, além de jogar em uma pequena parte da recente conquista do Milan, o jogador disputará pela primeira vez uma competição brasileira com formato europeu. Em 2000, no último Brasileirão que disputou, seu Grêmio chegou até a semifinal depois de se classificar em décimo lugar na primeira fase. Uma recuperação que o modelo atual não permite. Hoje, chegar a novembro fora da zona da Libertadores com a camisa de um grande clube significa cobranças.
Neste ano, Ronaldinho defenderá um clube que é o retrato das oscilações típicas do Brasileirão. Campeão em 2009, o Flamengo lutou contra o rebaixamento até a penúltima rodada de 2010.
Para se ter uma ideia do choque que o astro enfrentará, nas taças erguidas pelo Barça nas temporadas 2004/2005 e 2005/2006, o Real Madrid era o único rival na luta pela conquista, como quase sempre. O terceiro colocado – respectivamente Villarreal e Valencia – não chegou nem perto de ameaçar. A diferença para esses “coadjuvantes de luxo” foi de 19 pontos em 2005 e 13 pontos em 2006. Um abismo que no Brasil só aconteceu uma vez nos pontos corridos, na primeira edição, quando o Cruzeiro alcançou 100 pontos contra 87 do Santos e 78 do São Paulo.
Brasileirão teve seis vencedores diferentes em oito anos de pontos corridos. Sete campeões já foram rebaixados
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